domingo, 31 de março de 2013

Capitulo 8


Uma horda de zumbis se aproximava o mais rápido que conseguiam movimentar, se espremiam em meio ao carros e qualquer outra coisa que impedissem sua passagem até que conseguirem atravessar o que estivesse impedindo seu caminho. Alguns acabavam presos, mas a maior parte seguia em frente como se o cheiro de carne humana fresca os atraíssem  Não sei de onde saíram nem o que estava atraindo aquela enorme multidão de zumbis, àquela altura já se podia sentir o ar podre se aproximando, o cheiro era insuportável  por mais que estivesse acostumado com esse tipo de situação, aquilo era completamente diferente.

- Precisamos nos esconder, AGORA!!!.

Lisa me olhava com uma cara assustada sem saber o que estava 
acontecendo, mas pela minha expressão ela percebia que a coisa 
não era nada boa.

- Com licença  - peguei lisa no colo e à coloquei sentada numa cadeira que havia ali perto.

Fechei as portas de entrada do prédio, ou melhor o que sobrou das portas, que agora eram grande portais de metal com enormes lacunas no meio onde antes ficavam placas de vidro. Arrastei o sofá e coloquei tampando a entrada, aquilo não ia aguentar muito se eles tentassem entrar aqui, mas algo eu tinha de fazer.

- O que está acontecendo?  - Perguntou Lisa ainda sem entender o motivo de toda a minha agitação.

- Zumbis, uma horda deles. Estão por toda parte.

- O que vamos fazer? - Agora ela estava assustada de verdade.

- Precisamos ir para os andares de cima, não sei se é uma boa 
ideia mas é a unica que tenho no momento.

- Não sabe se é uma boa ideia? - Perguntou Lisa meio confusa.

- Não posso garantir que lá em cima é seguro. Ouvi seus gritos no momento em que comecei a chegar o primeiro andar. Mas aqui eu tenho certeza que não é lugar seguro.

Nesse momento um pequeno grupo de zumbis já estava bem perto, e me avistaram bem na hora que eu acabava de amarrar a porta com o fio do telefone da recepção, para tentar segurar um pouco mais a entrada deles. Vieram com tudo e logo estavam com suas cabeças e mãos tentando passar pelas brechas da porta, ainda restavam restos de vidro nos cantos das porta o que rasgava a carne podre dos zumbis, mas mesmo assim eles continuavam se espremendo tentando de algum modo entrar, não fosse o sofá (que por sinal era bem pesado, por sorte) eles já estariam aqui dentro.

- Vamos. 

Lisa apoiou o braço em meu ombro, e começamos a subir para  o primeiro andar. Logo na entrada o corredor um zumbi apareceu bem na nossa frente (provavelmente, ainda restava mais um no apartamento 11). Chutei aquele desgraçado com toda forca o empurrando pra trás e fazendo com que eu e Lisa perdêssemos o equilíbrio e caíssemos sentados no chão. Ele veio de novo pra cima da gente, Lisa fechou os olhos já esperando o pior, então saquei a arma e atirei bem no meio da testa dele, o barulho ecou pelo corredor nos ensurdecendo. Aquele monte de merda caiu em cima de mim e Lisa, ela gritou assutada.

- Pode abri os olhos, está tudo bem. - Disse e joguei o corpo em pedaços para o lado.
Nos levantamos e continuamos, Lisa até pareceu esquecer a dor em seu pé, pois agora corríamos os dois escada acima até o segundo andar. 

O medo e a vontade de sobreviver nos faz tirar forças de algum lugar, energia pra continuar correndo em frente, mesmo que todos os músculos do seu corpo estejam definhando, ainda sim a vontade de viver é maior. Mas logo que abrimos a porta que dava para o corredor do segundo andar essa adrenalina que nos impulsionava se transformou em desespero. O corredor estava cheio deles, e nessa hora a única coisa que pensei "Esse é o fim?"...

segunda-feira, 18 de março de 2013

Capitulo 7


Eu estava paralisado,o medo havia tomado conta de mim. Apenas fiquei ali parado olhando aqueles desgraçados à devorarem, e ela gritava numa mistura de dor e tristeza "FUJA!!!". Lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela fechava os olhos e se entregava ao seu destino. Me virei e corri, sem olhar pra trás, corri, não sei por quanto tempo, até que minhas pernas não pudessem mais se mover, então cai de joelhos ao chão, exausto e chorei.

Despertei, mais um grito, dessa vez mais alto. Sai correndo pra fora do apartamento de volta ao corredor, desci as escadas o mais rápido que pude, a luz do sol brilhava pela porta de entrada do hall. Minhas visão escureceu por um instante por causa do sol, então foi voltando aos poucos  e eu pude ver de onde vinham os gritos.
Uma garota estava caída no meio da rua com as mãos segurando o tornozelo e gritava de dor e desespero. Provavelmente estava fugindo quando torceu o pé, agora porque diabos ela está sozinha eu não sei. Ela era jovem, aparentava ter uns vinte e poucos anos, cabelos loiros até os ombros, pele clara, olhos verdes, magra. Vestia calça jeans, all star, camiseta azul, apesar de não ser um bom momento para reparar isso, era uma linda mulher.

Duas daquelas coisas  iam em sua direção como urubus em busca de um pedaço de carniça. Corri em sua direção, um deles à agarrou pela perna e já estava prestes a morde-la, mas antes disso chutei a cabeça daquela desgraçado como se fosse uma bola de futebol  seu crânio podre explodiu em pedaços. O outro agora vinha pra cima de mim, girei o taco no ar e com um golpe certeiro como o de um rebatedor fazendo um Home Run estourei seus miolos.

 Estendi minha mão para a garota.
- Já pode abrir os olhos, está tudo bem.
Ela abriu os olhos assustada e ao mesmo tempo surpresa, num instante estava prestes à morrer e num piscar de olhos um estranho está na sua frente lhe estendendo a mão.
- Vamos, pode segurar minha mão, prometo não tentar te morder.
Ela deu um pequeno sorriso sem graça, então segurou minha mão. Ajudei-a a levantar, ela andava com dificuldade por causa do pé machucado.
- O que aconteceu com seu pé?
Ainda meio assustada com toda aquela situação, respondeu com uma voz suave e fraca.
- Torci o pé enquanto tentava fugir.
Coloquei um de seus braços ao redor do meu pescoço apoiando-a em meu ombro e a conduzi até o prédio onde eu estava quando ouvi os gritos. No hall de entrada tinha um sofá velho e imundo, à coloquei sentada lá.
- Então, como se chama?
Ela me olhou e disse: 
- Liza... Elizabeth.
- Prazer, Liza. Meu nome é John.
À propósito, não havia me apresentado antes, meu nome é John Walker.
- Como acabou nessa situação, fugindo de zumbis sozinha?
Ela ficou em silêncio por um instante, como se alguma memória viesse a sua mente, então falou.
- Eu...
Mas antes que ela começasse a contar sua história, um barulho vindo da rua começou a me incomodar, um som um tanto quanto familiar e que por sinal não era nada bom. Sai correndo até a porta da frente do prédio e parei na calçada de frente para o lado sul da rua. Olhei para Lisa, agora deitada no sofá repousando o seu pé machucado, olhei de volta para a rua, e a única coisa que consegui expressar naquele momento foi... "MERDA!!"