Por um momento tudo escureceu, então senti o impacto das minhas costas contra aquilo que eu presumiria ser o chão, mas estava muito macio para ser isso. Quem imaginaria que bem abaixo de mim haveria uma lixeira cheia de sacos de lixo. Minhas costas estavam um pouco doloridas e eu estava meio tonto, mas estava inteiro e agora fedendo devido ao lixo, havia todo tipo de porcaria dentro daquela lixeira, por sorte que assim amorteceu minha queda.
Olho pra cima por um momento, calculando a altura da queda, era bem alto. Mas outra coisa me chamou mais atenção nesse exato momento que olhava pra cima. Os braços que tentaram me agarra agora ja se tornara um corpo inteiro saindo pela janela se rastejando olhando em minha direção.
- Ele não vai fazer isso. - Pensei em alto. O zumbi desgraçado se jogou lá de cima.
- Merda! - Disse pra mim mesmo.
BOOM!! Ouve se um tiro e uma cabeça sendo explodida em pleno ar enquanto um corpo despenca andar abaixo e cai dentro da lixeira bem em cima de mim.
- Isso doeu!! - exclamei tirando o cordo de cima de mim, aquilo tinha o cheiro muito pior que o lixo.
- Tudo bem ai embaixo? - Perguntou Lisa ainda com sua arma apontada em minha direção.
- Ah! Sim, tudo bem. Hmm, obrigado. Belo tiro.
Lisa fez um cara de assustada.
- Achei que tivesse lhe feito um elogio, mas pela sua cara não gostou muito.
- Não é isso. Sabe os dois zumbis que estavam ai no beco? Eles então indo em sua direção.
Levantei mais que depressa da lixeira. Os dois zumbis já estavam há uns dois metros de mim. Olhei pra lixeira procurando minha mochila e meu taco, mas nada. Olhei ao redor e "Merda", tanto a mochila quanto o taco haviam caído no meio do beco, devem ter se soltado das minhas costas enquanto caía. Não dava tempo de alcança-los, não sem ter que passar pelos dois zumbis no caminho e de mão limpas isso seria complicado. Olhei de novo pra cima e gritei.
- Lisa! A sua arma! Rápido! - Gritei, então ela jogou a arma torcendo pra acertar dentro da lixeira.
- Obrigado. - Disse enquanto procurava a arma que caiu bem no meio do lixo.
"Isso, achei!!". Os dois desgraçado já inclinavam suas caras deformadas para dentro da lixeira. Mas eu estava um passo à frente deles e com um tiro em cada cabeça os dois caíram pra trás.
- Ufa! Essa foi por pouco. - Sai da lixeira, batendo as mãos em minha camisa e calça tentando tirar um pouco da sujeira. Roubas novas iam à calhar agora.
- Acho que já posso descer né? - Perguntou Lisa com um cara de alivio.
No final do beco havia uma havia uma cerca de metal de uns três metro de altura que dava para um estacionamento de um grande supermercado. Fui até a entrada do beco para ver como estava a situação na rua, mas não eram das melhores, estava infestada e o barulho dos tiros devem ter chama à atenção e logo estariam aqui.
- Vamos Lisa, temos que sair rápido.
A cerca era alta, ajudei Lisa à subir. Ela subiu com alguma dificuldade mas conseguiu passar para o outro lado. Agora era minha vez e teria que fazer isso sozinho. Zumbis já apontavam na entrada do beco. Tomei distância, calculei a distância, corri até o ponto onde achei que seria o suficiente, então saltei me agarrando no topo da cerca, mais um pouco de esforço para escalada e logo estava do outro lado. No beco agora havia um multidão de corpos andantes que se espremiam por um lugar rente a cerca na esperança de nos alcançar.
- Haha! Tentei o quanto quiserem seus desgraçados.- disse com toda segurança, mas logo me arrependeria dessas palavras.
- John. - disse Lisa com a voz um tanto quanto preocupada.
- Oi?.
- Acho que não é uma boa hora pra ficar tirando uma com a cara de zumbis. - Falou Lisa com um tom sarcástico.
- Está tudo. Estamos seguros agora. - Eu ainda estava encarando a cerca e não tinha olhado ao meu redor.
- Então é melhor você se vira e ver com seus próprios olhos.
Foi então que vi que nossa situação não era nada segura. O estacionamento também estava cheio deles espalhados por todos os cantos. Andavam calmamente de um lado para o outro, pelo visto ainda não tinham notado nossa presença, ainda.
- Ok, retiro que disse. A situação não é nada boa, mas a gente consegue sair dessa. Olhe a porta do mercado está aberta, talvez a gente consiga chegar até la.
- Talvez, mas meu pé ainda dói muito, não sei se conseguiria correr até lá.
Haviam alguns carros nos estacionamento, mas mesmo se tentássemos ir se esgueirando por eles até a entrada do mercado, ainda sim era uma área muito aberta, com certeza nos veriam. Precisávamos fazer isso rápido, tínhamos de ir correndo, mas com o tornozelo de Lisa machucado isso seria um problema. Olhei ao meu redor procurando um solução, então encontrei um carrinho de comprar.
- Acho que aquilo vai servir. - Disse apontando o carrinho há alguns metros. Só tinha um zumbi no caminho, era um gordo que aparentava ter seus 40 e poucos anos, até que para um zumbi estava bem inteiro, vestia calça jeans, tênis, camisa xadrez vermelha e um boné de baseball. Peguei meu bastão e fui em direção ao carrinho, girei-o no ar e antes que o que o gorda me notasse já tinha feito um Home Run com sua cabeça.
- Vamos Lisa entre aqui no carrinho rápido, eles já notaram nossa presença.
- Tem certeza de que isso é uma boa ideia - Ela não parecia confiante naquilo.
- Sim, sim... vamos logo.
Lisa entrou no carrinho, respirei fundo enchendo meus pulmões de ar, tentando recuperar um pouco as energias, o suor escorria pelo meu rosto e o cansaço já tomava conta. Olhei para o meu relógio que marcava 13:20.
- Então vamos nessa, se segure! - Comecei à correr empurrando o carrinho em direção ao supermercado, enquanto chamava a atenção de todo o estacionamento e fazia com que todos os zumbis que estavam lá se voltassem em nossa direção, mas agora era tarde pra pensar nisso, a única coisa que podia fazer era correr em frente e esperar que esse plano desse certo.
Day To Survive
"IT DOESN'T MATTER HOW SLOW YOU GO SO LONG AS YOU DO NOT STOP."
quinta-feira, 30 de maio de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
Capitulo 9
Mais essa agora, um corredor cheio de zumbis à nossa frente, e o caminha de volta também não era o dos mais seguros, aliás "segurança" é uma palavra que não existe nesse mundo, não importa o quão seguro você pense que estejas as coisa sempre podem acabar em MERDA.
Estávamos parados na porta do corredor encurralados por aquela situação, e se quiséssemos sair vivos dali tínhamos que pensar em algo e rápido Sem saber o que fazer cheguei quantas balas ainda restavam no revolver, 4 balas. Haviam 8 zumbis, se não fosse um corredor tão estreito poderia ser mais fácil achar alguma alternativa. Cada andar tinham 4 apartamentos, os dois últimos no fim do corredor estavam com as portas abertas, o que indicava que era de que tinham saído os walkers, os dois primeiros estavam fechados, porém era muito arriscado entrar em algum deles e acabar encontrando mais zumbis.
-Ah! Foda-se. Lisa fique atrás de mim. - saquei o revolver e disparei as ultimas 4 balas.
O barulho da arma ecou pelo andar inteiro e a única coisa que conseguia ouvir agora era um zunido agudo nos ouvidos, quatro corpos foram ao chão. Os outros quatro imediatamente vieram para cima da gente, os dois mais na frente tropeçaram nos corpos e caíram nessa hora eu ja partia pra cima deles chutando a cabeça do primeiro com toda força que tinha, seu crânio estralou e ele voou para trás de costa, enquanto o segundo tentava se arrastava tentando me agarrar pelas pernas, eu girei o bastão e o acertei, explodindo sua cabeça contra parede.
Só restavam dois agora, e um desses já estava em cima de mim, agarrando meu braço e levando sua boca cheia de dentes podres em direção ao meu pulso. "Merda! Pensei...". Nessa hora se ouvi mais um tiro, da minha arma não podia ser, eu estava sem balas. O tiro passou rente ao meu braço e acertou a cabeça do desgraçado. Olhei pra trás, e lá estava Lisa com as mãos trêmulas segurando um pequeno revólver calibre 22.
- Atrás de você! - Gritou Lisa atirando no ultimo zumbi que havia restado que estava prestes a me dar uma bela mordida no pescoço enquanto eu procurava de onde tinha vindo o tiro, mas por sorte Lisa tinha uma arma e uma boa mira.
- Porque você não me disse que tinha uma arma? - falei dando um grande sorriso e fazendo uma cara de alivio.
-Não gosto de armas, e você não perguntou se eu tinha uma. - disse lisa soltando um pequeno sorriso sem graça.
- Sim. Mas ok, ainda precisamos sair daqui o mais rápido. Se tem mais zumbis por aqui e com certeza tem, esses tiros só chamaram mais atenção.
A face tranquila de Lisa voltou a ficar temerosa. Seguimos até o fim do corredor.
- Venha, acho que tive uma ideia - disse entrando no apartamento da esquerda no fim do corredor, que estava com a porta aberta.
Estava tudo escuro lá dentro, a não ser por uns pequenos raios se luz que passagem entre as frestas da persina na janela num canto da sala. Numa mesa de canto havia um porta retratos com uma foto de família um homem de meia idade, uma mulher com aparência de um pouco mais jovem que homem, mas que provavelmente era sua esposa, e duas crianças, uma garoto de uns 12 anos e uma garota de uns 8. Reconheci dois na foto, o marido e a mulher que agora estavam mortos ali no corredor. Fiquei me perguntando pelas duas crianças, o que será que aconteceu com os dois, será que estavam vivos longe daqui, ou não.
Lisa estava dando uma olhada pelo apartamento à procura de algo que fosse útil. Encontrou na cozinha em uma das gavetas do armário uma faca, uma enorme e afiada faca, penso que aquilo poderia ter sido de alguma utilidade para os moradores dali, no entanto estava ali guardada. Agora nos servirá como uma ótima arma.
- Aqui. - chamei Lisa e indicando a janela da sala.
Levantei a persiana inundando aquele lugar com luz, agora podia-se ver melhor a sala, era pequena, tinha duas poltronas vermelhas que não pareciam muito confortáveis um tapete redondo no meio com uma mesa de centro em cima, alguns quadros de animais nas paredes, não era um lugar muito agradável não pra mim. Abri a janela.
- Nossa saída desse prédio. - indiquei para fora do prédio.
Lisa me olhou com cara de quem não fazia ideia do que eu estava falando.
- Você não está dizendo pra gente pular né. - disse ela meio assustada.
- Claro, que não. Não sou louco a tal ponto. Geralmente estes prédio antigos têm escadas de emergência e "voilá!".
Havia um escada de emergência do lado de fora que dava para um beco, onde tinham algumas lixeiras, alguns ratos correndo pelo caminho e dois zumbis de joelhos devorando alguma coisa. Passei pela janela primeiro, depois ajudei Lisa. Fui descendo na frente devagar, Lisa descia com um pouco de dificuldade por causa do tornozelo. Estávamos chegando ao primeiro andar, a janela do apartamento estava aberta.
- Espere ai, vou dar uma checada.
Parei diante da janela e fui me aproximando tentando enxergar o ambiente lá dentro. Já estava com a cabeça dentro da sala quando mãos surgem em minha direção, levo um susto e me afasto rapidamente para trás até encostar na grade de proteção à minhas costas e perdendo o equilibro dando uma cambalhota no ar caindo andar abaixo...
domingo, 31 de março de 2013
Capitulo 8
Uma horda de zumbis se aproximava o mais rápido que conseguiam movimentar, se espremiam em meio ao carros e qualquer outra coisa que impedissem sua passagem até que conseguirem atravessar o que estivesse impedindo seu caminho. Alguns acabavam presos, mas a maior parte seguia em frente como se o cheiro de carne humana fresca os atraíssem Não sei de onde saíram nem o que estava atraindo aquela enorme multidão de zumbis, àquela altura já se podia sentir o ar podre se aproximando, o cheiro era insuportável por mais que estivesse acostumado com esse tipo de situação, aquilo era completamente diferente.
- Precisamos nos esconder, AGORA!!!.
Lisa me olhava com uma cara assustada sem saber o que estava
acontecendo, mas pela minha expressão ela percebia que a coisa
não era nada boa.
- Com licença - peguei lisa no colo e à coloquei sentada numa cadeira que havia ali perto.
Fechei as portas de entrada do prédio, ou melhor o que sobrou das portas, que agora eram grande portais de metal com enormes lacunas no meio onde antes ficavam placas de vidro. Arrastei o sofá e coloquei tampando a entrada, aquilo não ia aguentar muito se eles tentassem entrar aqui, mas algo eu tinha de fazer.
- O que está acontecendo? - Perguntou Lisa ainda sem entender o motivo de toda a minha agitação.
- Zumbis, uma horda deles. Estão por toda parte.
- O que vamos fazer? - Agora ela estava assustada de verdade.
- Precisamos ir para os andares de cima, não sei se é uma boa
ideia mas é a unica que tenho no momento.
- Não sabe se é uma boa ideia? - Perguntou Lisa meio confusa.
- Não posso garantir que lá em cima é seguro. Ouvi seus gritos no momento em que comecei a chegar o primeiro andar. Mas aqui eu tenho certeza que não é lugar seguro.
Nesse momento um pequeno grupo de zumbis já estava bem perto, e me avistaram bem na hora que eu acabava de amarrar a porta com o fio do telefone da recepção, para tentar segurar um pouco mais a entrada deles. Vieram com tudo e logo estavam com suas cabeças e mãos tentando passar pelas brechas da porta, ainda restavam restos de vidro nos cantos das porta o que rasgava a carne podre dos zumbis, mas mesmo assim eles continuavam se espremendo tentando de algum modo entrar, não fosse o sofá (que por sinal era bem pesado, por sorte) eles já estariam aqui dentro.
- Vamos.
Lisa apoiou o braço em meu ombro, e começamos a subir para o primeiro andar. Logo na entrada o corredor um zumbi apareceu bem na nossa frente (provavelmente, ainda restava mais um no apartamento 11). Chutei aquele desgraçado com toda forca o empurrando pra trás e fazendo com que eu e Lisa perdêssemos o equilíbrio e caíssemos sentados no chão. Ele veio de novo pra cima da gente, Lisa fechou os olhos já esperando o pior, então saquei a arma e atirei bem no meio da testa dele, o barulho ecou pelo corredor nos ensurdecendo. Aquele monte de merda caiu em cima de mim e Lisa, ela gritou assutada.
- Pode abri os olhos, está tudo bem. - Disse e joguei o corpo em pedaços para o lado.
Nos levantamos e continuamos, Lisa até pareceu esquecer a dor em seu pé, pois agora corríamos os dois escada acima até o segundo andar.
O medo e a vontade de sobreviver nos faz tirar forças de algum lugar, energia pra continuar correndo em frente, mesmo que todos os músculos do seu corpo estejam definhando, ainda sim a vontade de viver é maior. Mas logo que abrimos a porta que dava para o corredor do segundo andar essa adrenalina que nos impulsionava se transformou em desespero. O corredor estava cheio deles, e nessa hora a única coisa que pensei "Esse é o fim?"...
segunda-feira, 18 de março de 2013
Capitulo 7
Eu estava paralisado,o medo havia tomado conta de mim. Apenas fiquei ali parado olhando aqueles desgraçados à devorarem, e ela gritava numa mistura de dor e tristeza "FUJA!!!". Lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela fechava os olhos e se entregava ao seu destino. Me virei e corri, sem olhar pra trás, corri, não sei por quanto tempo, até que minhas pernas não pudessem mais se mover, então cai de joelhos ao chão, exausto e chorei.
Despertei, mais um grito, dessa vez mais alto. Sai correndo pra fora do apartamento de volta ao corredor, desci as escadas o mais rápido que pude, a luz do sol brilhava pela porta de entrada do hall. Minhas visão escureceu por um instante por causa do sol, então foi voltando aos poucos e eu pude ver de onde vinham os gritos.
Uma garota estava caída no meio da rua com as mãos segurando o tornozelo e gritava de dor e desespero. Provavelmente estava fugindo quando torceu o pé, agora porque diabos ela está sozinha eu não sei. Ela era jovem, aparentava ter uns vinte e poucos anos, cabelos loiros até os ombros, pele clara, olhos verdes, magra. Vestia calça jeans, all star, camiseta azul, apesar de não ser um bom momento para reparar isso, era uma linda mulher.
Duas daquelas coisas iam em sua direção como urubus em busca de um pedaço de carniça. Corri em sua direção, um deles à agarrou pela perna e já estava prestes a morde-la, mas antes disso chutei a cabeça daquela desgraçado como se fosse uma bola de futebol seu crânio podre explodiu em pedaços. O outro agora vinha pra cima de mim, girei o taco no ar e com um golpe certeiro como o de um rebatedor fazendo um Home Run estourei seus miolos.
Estendi minha mão para a garota.
- Já pode abrir os olhos, está tudo bem.
Ela abriu os olhos assustada e ao mesmo tempo surpresa, num instante estava prestes à morrer e num piscar de olhos um estranho está na sua frente lhe estendendo a mão.
- Vamos, pode segurar minha mão, prometo não tentar te morder.
Ela deu um pequeno sorriso sem graça, então segurou minha mão. Ajudei-a a levantar, ela andava com dificuldade por causa do pé machucado.
- O que aconteceu com seu pé?
Ainda meio assustada com toda aquela situação, respondeu com uma voz suave e fraca.
- Torci o pé enquanto tentava fugir.
Coloquei um de seus braços ao redor do meu pescoço apoiando-a em meu ombro e a conduzi até o prédio onde eu estava quando ouvi os gritos. No hall de entrada tinha um sofá velho e imundo, à coloquei sentada lá.
- Então, como se chama?
Ela me olhou e disse:
- Liza... Elizabeth.
- Prazer, Liza. Meu nome é John.
À propósito, não havia me apresentado antes, meu nome é John Walker.
- Como acabou nessa situação, fugindo de zumbis sozinha?
Ela ficou em silêncio por um instante, como se alguma memória viesse a sua mente, então falou.
- Eu...
Mas antes que ela começasse a contar sua história, um barulho vindo da rua começou a me incomodar, um som um tanto quanto familiar e que por sinal não era nada bom. Sai correndo até a porta da frente do prédio e parei na calçada de frente para o lado sul da rua. Olhei para Lisa, agora deitada no sofá repousando o seu pé machucado, olhei de volta para a rua, e a única coisa que consegui expressar naquele momento foi... "MERDA!!"
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Capitulo 6
Depois de passar tanto tempo me alimentando praticamente de qualquer coisa comestível que encontrasse pelo caminho, acho que qualquer um começa a não mais lembrar o gosto das coisas, tipo um belo bife mal passado. Agora a unica comida que me resta são alguns enlatados que mais parecem comida de cachorro.
Agora já eram 12:00, o sol brilhava no meio do céu azul sem nuvens. Dei uma boa volta pela cidade mas não encontrei nada que valesse à pena, parece que já haviam pegado tudo que podia ter por ali, pelo menos não apareceram mais problemas, a não ser alguns errantes por ai, mas nada que desse trabalho.
Pequenos prédios cercavam a rua que eu estava agora, alguns apartamentos e escritórios. Parei por um instante ali mesmo no meio da rua, comecei a olhar ao meu redor observando tudo. Para onde quer que se olhasse havia destruição, caos, aquele cheiro de morte no ar. Fechei os olhos, e mesmo sem nunca ter passado por aquela rua tentei imaginar como fora esse lugar antes, o barulho dos carros, as pessoas indo e vindo de suas casas, seus trabalhos, por um instante me senti vivo de novo. Abri os olhos e todos aqueles pensamentos se foram como cinzas.
Mais à frente havia um prédio de uns cinco andares,tinha a fachada toda azul o que destacava-o dos outros prédios da rua, que eram todos pintados de cortes sem graça. Resolvi entrar para dar uma vasculhada. A porta de entrada estava estourada como se alguém à tivesse arrombado. Passando pela entrada havia um pequeno saguão com um balcão onde provavelmente ficava o porteiro, à direita tinha um elevador que estava entreaberto e com manchas de sangue por todo lado. Mais a direita tinham as escadas, saquei a arma e comecei a subir. A cada degrau que subia o cheiro de putrefação ficava mais forte, se já não tivesse me acostumado com isso provavelmente agora estaria colocando o estomago pra fora. Cheguei no pequeno e estreito corredor do primeiro andar, um zumbi estava parado de costas no fim do corredor, guardei a arma e peguei a faca, ele começou a se virar até notar que eu estava lá, então veio correndo ou pelo menos tentando correr, quando já estava quase em cima de mim tratei de cravar a faca no seu cranio, sangue espirrou, puxei a faca e deixei que caísse. Fiquei olhando para aquele corpo ali no chão, era um garoto (pelo menos acho que era) que aparentava ter uns 18 anos, mas mesmo sendo um jovem acabou sendo pego, assim como idosos e crianças e qualquer outro ser humano que cruzasse o caminho desses pedaços de merda ambulantes. Não sei como eu, ainda estou vivo.
Girei a maçaneta da porta do apartamento 11 (o primeiro do corredor), estava destrancada, fui empurrando devagar, lá dentro estava complementa escuro (que legal, porque eu não tinha uma lanterna), voltei a sacar arma e fui entrando, quando de repente algo me faze ficar paralisado Um grito chegou alto aos meus ouvidos, parecia a voz de uma mulher...
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Capitulo 5
Lá estava eu caminhando em direção aos barulhos de motores que se aproximavam. Logo três motos atravessaram a rua alguns metros à minha frente e teriam continuado em frente não fosse por um retardado andando aleatoriamente pelo caminho (no caso, eu). Antes que pudessem sumir de vista, um dos caras que estava na garupa de umas das motos olhando para os lados (acho que para observar o caminho, não sei) me viu. As três motos pararam e viraram à esquerda, na minha direção. Ficaram parados me encarando.
Continuei andando como se nada tivesse acontecendo. Um deles sacando sua arma gritou:
-Ei você ai!
Eu, continuei seguindo em frente. E novamente o cara gritou:
-Porra!!! Parado ai senão estouro a sua cabeça!!! -
Dessa vez parei, olhei friamente para eles, falei:
-Se continuar gritando assim, não vai ser só a minha cabeça que você vai ter de estourar.
Ele não gostou nada nada do que falei, apesar de saber que eu estava certo.
O cara aparentava ser o líder daquele pequeno grupo, pois foi o primeiro a tomar a frente da situação e por sua moto ser a melhor entre as três. Era um cara de mais ou menos 1,80 de altura, branquelo, olhos claros, cabelos curtos ruivos, aparentava ter uns 40 anos. Os outros tinham feições mais comuns e aparentavam menos idade. O Alemão (vou chama-lo assim) desceu da moto,guardou sua arma, pegou uma enorme faca que carregava na cintura e veio caminhando até mim, parecia muito irritado com o que eu tinha falado.
-Quem você pensa que é para falar assim comigo? Olhe pra você, está sozinho vagando por ai. Não acha que deveria dar graças a Deus por encontrar pessoas vivas? - disse o Alemão com um sorriso de quem se sente o dono do mundo.
-Não, não acho que eu deveria fazer isso.
Antes que o alemão pudesse sequer pensar em alguma coisa eu ja havia lhe dado uma tacada na cabeça. Ele cambaleou indo de encontro ao chão, sua faca caiu. Seus companheiros já estavam sacando suas armas. Larguei o taco junto com a pancada (que nem nos jogos de baseball sabe?) e segurei o alemão pelo pescoço antes que ele caisse o fazendo de escudo.
-Quem iria imaginar ein? Que eu sozinho contra seis, iria fazer uma estupidez dessas. Acho que seu chefe estava tão cheio de confiança que pensou "Que perigo esse pobre coitado pode oferecer?". Mas, só de olhar para vocês, vejo que bando de amadores são. Me pergunto como ainda estão vivos.
Sangue escorria pela testa do Alemão, eu podia até sentir sua dor, mas ele ainda estava vivo.
-Seus idiotas, atirei nele!!! - Se esforçou o Alemão para gritar.
- Isso atirem!! Mas antes as balas irão acerta o seu chefe. Vamos, atirem, afinal todos nós já estamos condenados à morte - Eu estava me divertindo com aquilo.
Os caras nas motos ficaram ali olhando uns para os outros sem saber o que fazer. Eles pareciam assustados, com medo, acho que dariam tudo para não estarem ali.
-Agora, vocês podem ligar suas motos e irem para ondem bem entenderem ou podemos ficar aqui pelo resto do dia. E quanto ao Alemão aqui, ele já está morto. - Ouviu-se um estralho, o som de um pescoço sendo quebrado.
Naquela hora eles podiam ter me matado, mas acho que se sentiram livres daquele cara e simplesmente foram embora sem dizerem uma palavra. Larguei o corpo no chão, peguei sua arma, um revolver taurus calibre .357 Magnum, uma bela arma, peguei também a faca. Arrumei tudo e tratei de apressar o passo em frente.
Nem sempre fui esse tipo de pessoa, fria. Mas para me manter vivo eu aceitei a condição de que não posso ser um cara bom...
domingo, 20 de janeiro de 2013
Capitulo 4
Continuei correndo, eles eram lentos, era fácil despista-los, o problema é que uma hora eu me cansaria, eles não. Mais e mais se acumulavam pela rua, eu começava a ficar sem folego. Agora haviam três bem na minha frente, não havia outra forma de passar por eles senão indo pra cima com tudo. O primeiro parecia desesperado por um pedaço meu saiu na frente dos outros dois em minha direção, mas logo foi ao chão com apenas um golpe na cabeça, os outros dois vinham logo atrás, girei o taco no ar com força e golpeei, pedaços de cérebro voam. Agora só restava um, este estava tão em cima de mim que podia sentir seu hálito podre, seus braços já quase me abraçavam, com um chute o empurrei pra trás recuperando um pouco do fôlego pra mais um golpe com o taco. Continuei correndo.
Suor escorria pelo meu rosto, eu respirava ofegante, tive que saltar por alguns carros pelo caminho, as vezes quase caindo, mas agora o caminho pela frente já estava mais tranquilo. Enfim pude parar pra descansar (mesmo que por apenas alguns minutos). Estava ali sentado na calçada encostado em um carro qualquer quando ouço algo que faz meu coração parar. Um tiro...
Saltei no chão na mesma hora, então ouvi mais alguns tiros, vinham de alguma rua a minha frente. E agora, aquilo poderia ser um bom sinal, ou não. Nunca se sabe em quem confiar nos dias de hoje, na verdade é melhor não confiar em ninguém. Por um momento lembranças me vieram à mente. Nem sempre andei por ai sozinho, já tive companheiros, um grupo de pessoas que juntos tentavam sobreviver a mais um dia nesse inferno. Mas agora cá estou eu, sozinho. O que aconteceu com eles? Alguns foram pegos por esses zumbis desgraçados, as vezes você acaba tendo que fazer que fogem da sua compreensão, mas que acabam tendo de serem feitas para evitar mais sofrimento e nessas horas você se pergunta "O que eu me tornei?". Mas não são só os zumbis que se deve temer nesses dias que enfrentamos, os humanos (que acabam se tornando monstros apesar de ainda estarem vivos) acabam sendo ainda mais perigosos, e foi por esses que o resto do meu grupo acabou caindo. Se todos morreram, eu não sei. Pois eu fugi, não que tenha sido o único a fazer isso, mas fui o único que conseguiu.
Agora o barulho de tiros se misturava ao som de motores e gritos eufóricos, se aproximavam cada vezes mais. Voltar agora seria suicídio, o caminho lá atrás ainda devia estar infestado. Olhei pro meu relógio (a única coisa de valor que ainda tinha, por isso sempre olho pra ele) eram 9:30.
Depois de enfrentar tanta coisa sozinho,ter matado tantos zumbis, feito coisas das quais não me orgulho, algumas vezes ainda me pergunto "O que eu me tornei?", e ainda não encontrei a resposta. Mas uma coisa eu aprendi, à não temer nada. Peguei a mochila e o taco, e continuei andando em frente...
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